sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Claquetes e seus usos.

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje vou fazer sobre a claquete e seu uso.
Vamos nessa?

Claquetes e seus usos.

Por Roger Dutra

Bom, iniciarei mostrando a foto de uma claquete para aqueles que não lembram ou até mesmo que nunca viram uma.


Você já deve ter visto uma claquete em claquete de comerciais de tv ou de cenas de filmes, mas para que seve exatamente uma claquete?

Uma claquete pode ser confeccionada com diversos materiais, mas as mais tradicionais são feitas com madeira e você usa giz para escrever na mesma, parece ultrapassado, mas acredite, você não terá problemas com uma claquete dessas, até mesmo, que você terá somente as dobradiças para estragar. 

Diferente das claquetes eletrônicas, não que eu tenha algo contra esse tipo de claquete.

Basicamente uma claquete serve para indicar o plano, cena, take (inicio e fim) e sincronizar o áudio com o vídeo, mas vale lembrar que pode se adicionar ou retirar informações, isso dependerá do tipo de produção e outros fatores tais como, se as filmagens serão em película, DAT ou cartões SD.  Com essas informações apontadas na claquete o montador, por exemplo, poderá de forma rápida identificar um take necessário entre tantos outros.

Claquete sincronizando o som

A claquete servirá também para sincronizar um som gravado em um gravador separado da câmera. Quando você desce o braço da claquete o seu som gerará um pico no sinal de áudio captado pelos microfones, onde este sinal servirá de referência para o montador realizar a sincronização com o vídeo da claquete. 

Lembrando que só há necessidade do uso de uma claquete para sincronizar o som com o vídeo, quando os mesmos forem gravados separadamente. No caso de ambos serem gravados na mesma mídia é dispensada a claquete para fins de sincronização.

Vamos ver alguns modos de como usar uma claquete.

Com e sem som direto

Coloque a claquete em frente à câmera e leia os números contidos nos espaços: Cena, plano e take e baixe o braço da mesma gerando o som para sincronização do áudio. Caso o áudio esteja sendo gravado juntamente com o vídeo EX: Em uma câmera com DAT, Cartão SD, etc. É desnecessário gerar o som de sincronização, sendo assim, não precisará baixar o braço da claquete.


  

Claquete final

Caso o uso da claquete no inicio de um take seja impossível, devido a chamar a atenção desconcentrando os envolvidos na cena (crianças, curiosos, animais), você poderá usá-la no final, porém de cabeça para baixo. Você deve falar “claquete final” após dizer a Cena, plano e take.

 

Como o som da batida do braço da claquete serve para sincronizar o áudio com vídeo, o técnico de som pode pedir para repetir as informações e o som de sincronização novamente caso ele tenha perdido de gravar na primeira vez. Neste caso você deve dizer após a Cena, plano e take: Segunda batida.

A claquete no Filme mudo

No caso da produção ter ausência de som, você poderá segurá-la em frente à câmera com o braço aberto, não havendo a necessidade de fechá-lo ou falar a cena, plano, take ou qualquer outra informação. Neste caso a claquete continuará sua função de instruir o montador, e como a produção é muda, não haverá necessidade de sincronizar o áudio.



Claquetes finais em filmes mudos

Mesmo procedimento da claquete final, só que sem falar as informações e nem bater o braço para gerar o som de sincronização. Lembremos que ela deve estar de cabeça para baixo.


Som de sincronização sem a claquete

Em casos em que a batida da claquete pode ocasionar incômodos ou distrações, pode-se criar um sinal de sincronização através de leves batidas na ponta do microfone, mas para isso quem está operando tal microfone deve aparecer rapidamente no quadro e realizar esse processo. As batidas na ponta do microfone gerarão picos no sinal de áudio que serão suficientes para posteriormente o montador realizar a sincronização.

Obs: Vale lembrar que quando se optar pela claquete final, deverá ir junto ao boletim um aviso para que o montador não perca tempo procurando a claquete no início de cada take.

Claquete eletrônica

Inicialmente a câmera e o gravador de áudio têm que serem compatíveis com este tipo de claquete. Ela gera um código para sincronização iniciado quando o braço está aberto e finalizado quando fechado.

Espero ter ajudado. Abração

sábado, 12 de janeiro de 2013

Radiodifusão, Streaming e Podcasts.....O que é? Qual a diferença?

Olá pessoal, tudo bem?

Um ótimo assunto para este sábado heinn?

Radiodifusão, Streaming e Podcasts.....O que é? Qual a diferença?

Por Roger Dutra

Radiodifusão

É a transmissão de ondas de radiofreqüências de um ponto para um ou múltiplos pontos. Essas ondas são moduladas e se propagam eletronicamente através do espaço. É importe salientar que a radiodifusão não transmitirá somente áudio, podem ser transmitidos sinais de Tv, rádio, etc. A diferença está no aparelho receptor que decodifica e transforma o sinal em vídeo, áudio ou outro.


Streaming

É uma forma de transmissão muito comum na internet. Caracteriza-se pelo fluxo de dados em pacotes através de uma rede e a não necessidade do usuário arquivar essas mídias.
Em streaming é possível assistir vídeos ou ouvir músicas enquanto o arquivo está sendo enviado ao usuário, sem a necessidade de fazer o download para o computador.


Podcasts

A palavra é derivada do Ipod (Apple-Aparelho que reproduz mp3) e de Broadcasting (transmissão de Tv ou rádio).
Um podcast é transmitido pela internet e permite ao usuário acompanhar a sua atualização. Similar a uma programação de rádio só que em mp3 ou AAC, pode ser baixado ou enviado via streaming para um ou mais usuários.


Abração pessoal, espero ter ajudado.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Som Síncrono, Assíncrono, Diegético e Não-Diegético.


Olá pessoal, tudo bem?

Nosso tema de hoje é Som Síncrono e Assíncrono, Diegético e Não-diegético. Assustou??? Não se preocupem, é fácil. Vamos nessa?

Quando assistimos a um filme, temos inúmeros sons provindos das cenas que estão ocorrendo. Tantos que muitas vezes não conseguimos numerar. São atmosferas, passos, ruídos, diálogos, música e por aí vai.

Você que não trabalha com audiovisual já se perguntou se todos esses sons são reais? Ou seja, são sons gravados ao mesmo tempo em que a imagem é gravada? Ou são refeitos depois em estúdio? O produto que gera aquele som é o mesmo que está aparecendo no vídeo?

Não é novidade que grandes produções hoje investem pesado na hora de dublar e recriar todos os sons necessários para que a cena fique natural. Isso inclui em recriar passos, ruídos de portas, automóveis, atmosferas diversas e quantos outros sons forem necessários para trazer a realidade condizente com o espaço mostrado no vídeo.

Com base nos questionamentos acima começaremos a falar sobre:

Som Síncrono, Assíncrono, Diegético e Não-Diegético.


Por Roger Dutra

Som Síncrono

Som que é gravado ao mesmo tempo em que a imagem. Podemos dizer que ele é o som “verdadeiro”, pois está sendo gravado em tempo real, sujeito a qualquer interrupção ou ruído indesejado ao redor da locação.

Diálogos, ruídos e atmosferas, tudo gravado conforme o mostrado no vídeo, um porta fecha e o som será realmente desta porta que fechou no momento em que ela fechou.
Quando fazemos uma dublagem para uma cena, estamos obtendo um som Pós Sincronizado, entendemos que ele é o som do objeto mostrado no vídeo, porém foi produzido.
Som síncrono equivale à ação mostrada no vídeo.

Som Assíncrono

Você está assistindo a uma cena é está ouvindo sons que não aparecem na tela, efeitos sonoros, diálogos, música, narração etc. Isto é são sons assíncronos, pois não correspondem ao que você está vendo. Um som assíncrono pode ser uma atmosfera gravada em um local após a filmagem e não juntamente com a filmagem da cena onde este áudio será aplicado.

Um exemplo:

Um casal almoçando em um restaurante. Você vê apenas os dois sentados na mesa, mas ouve outras pessoas conversando e outros sons como louças e talheres. Esses sons em sua grande maioria são produzidos depois. Portanto este exemplo se caracteriza por ter um som assíncrono, mas os sons do casal que estamos vendo são síncronos.

Na foto acima o som está sendo gravado ao mesmo tempo em que a imagem, mesmo assim ele pode ser refeito em estúdio.

Som Diegético

Geralmente para simplificar dizemos que este é o som que o personagem pode ouvir. Pode ser síncrono ou assíncrono. Um exemplo de som diegético é uma cena em um bar com música tocando ao fundo; os personagens ouvem a música (não necessáriamente os atores), mesmo que ela seja colocada na pós produção.

Som Não-Diegético

Podemos resumir em poucas palavras. É a música que os personagens não podem ouvir. Lembro que são personagens e não os atores, pois há casos em que se filmam atores em cenas de dança e não há música tocando no momento, ela é colocada posteriormente.

A locução é uma forma de som não-diegético, pois nós ouvimos, mas o personagem não. E se por acaso ele passe em algum momento do vídeo a ouvir, esse som deixará de ser não-diegético e se enquadrará em algum dos tipos de som vistos acima.

Aqui vão dois exemplos retirados do livro Produção de Imageme Som de Roberts-Breslin, Jan.

“A relação entre o som e imagem pode se deslocar de cena para cena. Ouvimos a voz de um professor de escola falando sobre a guerra revolucionária enquanto vemos filmagens exteriores de uma escola com uma única sala. Depois cortamos para dentro da escola e vemos o professor se dirigindo aos alunos. A narração é diegética porque faz parte do mundo da história, mas é iniciada como som assíncrono fora da tela que se torna síncrono.

Num outro exemplo, a música poderia parecer à primeira vista uma classificação não-diegética que não existe no mundo dos personagens. Uma jovem senta pensativa na praia ao mesmo tempo que ouvimos uma melodia triste. Então, a câmera afasta o zoom para revelar o carro dela estacionado próximo e com o rádio tocando. A música termina e o disc-jóquei fala. Ela pode ouvir a música; no final das contas é diegética”

Vídeo muito bacana que mostra um pouco do trabalho de quem faz sonoplastia para produtos audiovisuais.


Grande abraço a todos, espero ter ajudado





terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Monitores de Referência: Mains, Nearfields, Subwoofer...."Caixinhas caras com falantes coloridos"


Olá pessoal, tudo bem?

Hoje vamos falar sobre monitores de áudio ou monitores de referência.
Para você que não ouviu falar no termo, podemos simplificar dizendo que monitores são aquelas 2 caixas que vemos nos estúdios, uma a esquerda e outra a direita (algumas com alto falantes brancos e amarelos chamando a atenção) dos periféricos (equipamentos) que se encontram em uma bancada. Lembro que em muitos casos eles são mais de um par e de diversos tamanhos. Vamos lá?


Monitores de Referência


por Roger Dutra

Bom pessoal, essas “caixas de som” servem para mixar músicas em locais que trabalham edição e processamento de áudio. Seu objetivo é ter uma resposta mais verdadeira de como está o seu áudio durante tal processo, revelando as imperfeições e necessidades do seu projeto.

Diferente dos alto falantes de seu som doméstico que tendem a acrescentar graves, agudos e efeitos, buscando melhorar o som proveniente deles, um bom monitor de áudio é aquele que gera uma resposta flat, ou seja, o som mais próximo do que foi gravado.
São pesados e robustos. Além de uma resposta de freqüência mais plana, possuem largura de banda mais ampla que os alto falantes comuns.
Para que uma música soe bem em diversos tipos de sistema de som é indispensável que seja mixada em um par de monitores de referência, mas não é só isso, o ambiente em que eles estão devem possuir tratamento acústico buscando controlar a acústica.

Vamos conhecê-los.

Mains – (Principais do Inglês)


Estes monitores são bem grandes e geralmente encontra-se em estúdios de grande porte.
Alto falantes domésticos geralmente possuem dois drives chamados de Woofer e tweeter . Já os Mains possuem entre 4 e 5 drives.
Possuem ótima dinâmica e resposta de freqüência.
Possuem grandes amplificadores elétricos onde são conectados.
Alguns engenheiros acreditam que os Mains devido ao seu design rígido não geram uma boa mixagem, pois em casa geralmente não temos caixas e alto falantes tão grandes e em tamanho e número. Devido a isso entra em cena monitores menores, chamados (nearfields).

Nearfields – Monitores de campo próximo.


São pequenos e feitos para ouvir a uma próxima distância. É considerado nos últimos 25 anos o monitor mais indispensável na engenharia sonora, pois sua distância, em média 2 metros do usuário, faz com que o som se sobressaia mais que as suas reflexões.
Muito usado em mixagens para reprodução em sons de carro, caixas de PC, aparelhos de som domésticos e fones de ouvido.   

Subwoofer

Muito usado quando o trabalho requer mixagem com baixas frequências  tais como hip hop, dance, ou sons com subgraves.
O alto falante é especial,  projetado para trabalhar com tais frequências que geralmente vão de 20Hz a 150Hz.

Espero ter ajudado.

Grande Abraço pessoal

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Cabos e Entradas. TS - TRS - XLR - RCA - DIN - MIDI......E por aí.


Olá pessoal, como passaram o final de semana? Tudo bem espero.

Bom, sei que estou um tanto atrasado com o artigo de hoje, mas valerá a pena pois o assunto será sobre cabos e entradas.
Em meio a tantos equipamentos de audiovisual é importante, mesmo que não seja você um profissional da área, conhecer alguns termos técnicos básicos para conexões de cabos e entradas.  Vamos lá?


Cabos e Entradas, TS - TRS - XLR - RCA - DIN - MIDI........E por aí.


por Roger Dutra

Cabos analógicos.


TS: Tip, Sleeve – Possuem 2 contatos e não são balanceados.
É um tipo de cabo simples onde o sinal elétrico é conduzido por dois fios.

TRS: Tip, Ring, Sleeve – Possuem 3 contatos e são balanceados.
Mesma estrutura do TS, porém seu anel extra elimina ruídos que possam ser gerados pelo cabo. Cabos balanceados para sua eficácia quanto a ruídos exigem entradas balanceadas.



XLR: Conhecido também como Cannon devido ao seu inventor James H. Cannon.
Possuem 3 contatos e são balanceados.
Função igual ao TRS, porém com conectores diferentes.



Cabos Digitais


Coaxial:  Geralmente usado para transmitir sinais digitais sem a necessidade de conversão entre equipamentos digitais. Essa transmissão se dá através de impulsos elétricos  transmitidos através de um fio de cobre.


Óptico: Aqui a eletricidade é substituída por um feixe de luz. A transmissão ocorre em pulsos, porém diferente do Coaxial o sinal não se degrada com grandes distâncias.

 Cabo MIDI: (Music Instrument Digital Interface). Transmite uma linguagem entre instrumentos e estações de áudio. Neste caso não é sinal nem digital nem analógico como os citados anteriormente.

DIN: Eram usados na Europa para conexões de áudio, mas logo foram substituídos para conectar periféricos de computadores pessoais. (PC).

RCA: Radio Corporation of America – Nome da empresa fabricante.
Criado por volta de 1940 visa diminuir a interferência de sinais com pequena amplitude.


Observação: Os cabos TS e TRS podem ser:


P1 (TS ou TRS 2,5 mm)

P2 (TS 3,5 mm)

P3 (TRS 3,5 mm)

P10 (TS 6,35 mm)

P20 (TRS 6,35mm).



É isso aí pessoal, espero ter ajudado.

Grande abraço.




sábado, 5 de janeiro de 2013

Eu "Ovo". E tu? Como percebemos o som? Qual a nossa faixa de frequência e a de outros animais?


Olá pessoal, tudo bem?

Pegando o gancho do artigo anterior sobre Dolby Digital, vou falar sobre a percepção dos sons.

Para começarmos vamos entender como percebemos tais sons a nossa volta ok?

Eu "Ovo". E tu? Como percebemos o som?  Qual a nossa faixa de frequência e a de outros animais?

por Roger Dutra

As ondas são emitidas de uma fonte sonora qualquer e chegam até o nosso aparelho auditivo fazendo vibrar o tímpano, que por sua vez fará vibrar três minúsculos ossos chamados martelo, bigorna e estribo. Após tais vibrações são passadas para a cóclea e viram impulsos nervosos que através do nervo auditivo são transmitidos ao cérebro.

O ouvido divide-se em ouvido externo, médio e interno.

Ouvido Externo: Formado pelo pavilhão e canal auditivo
Ouvido Médio: local que estão contido 3 ossículos, martelo, bigorna e estribo. Esses ossos são responsáveis por levar as ondas de um meio com menor impedância, o ar, para um com maior impedância, líquido. 

Impedância e a capacidade de oferecer resistência a uma transferência.

Ouvido Interno: É chamado também de labirinto. Fazem parte do labirinto a cóclea citada acima, vestíbulos, canais semicirculares (relacionados ao equilíbrio)dentre outros.



Os seres humanos ouvem entre 20Hz e 20Kz, mas vale lembrar que esses valores não são fixos.
Quanto mais velhos ficamos, temos maior tendência a perder freqüências mais agudas, ou seja, as mais altas. Para que fique claro o conceito de baixo e alto, ou melhor, grave, nédio e agudo. Fiz uma demonstração abaixo.



As freqüências inferiores a 20Hz são chamadas infra-sons e as superiores a 20Kz de ultra sons.
Vamos a alguns exemplos de animais e suas faixas de frequências audíveis.


O som em alguns casos é percebido por outros órgãos do corpo.

Alguns animais possuem ouvidos, mas isso não lhes confere uma boa audição, é o caso dos peixes, onde tal órgão tem maior eficiência para o equilíbrio do que para ouvir.

Alguns sons como terremotos e trovões estão em freqüências infra-sonoras.

Pessoal espero ter ajudado. Bom final de semana.
Abraço

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dolby Digital, nunca vi, nem comi. Eu só ouço falar

Olá pessoal, tudo bem?

Fiquei pensando em algo para publicar que fosse bem interessante e útil para os profissionais do audiovisual ou leigos no assunto, mas nada vinha a minha mente nesses moldes,  até que repentinamente enquanto assistia TV, entre um canal e outro olhei para o aparelho de DVD e vi escrito Dolby Digital. Ta aí!! Ótimo tema para hoje.  Vamos lá então??

Dolby Digital, nunca vi, nem comi. Eu só ouço falar

por Roger Dutra


Primeiramente o termo Dolby Digital se refere a uma tecnologia para compressão de áudio desenvolvida pelos Laboratórios da Dolby situados nos Estados Unidos.
Antes vamos brevemente falar sobre compressão de áudio que não deve ser confundida com aplicar um efeito de compressor sobre uma ou mais ondas sonoras. A compressão neste caso refere-se a uma codificação do arquivo de áudio cuja intenção é torná-lo menor, facilitando seu transporte e armazenamento. 

Uma compressão de áudio pode ou não gerar perdas, ou seja, dependendo do tipo de codificação o áudio sofre extrações de faixas de ondas que “não são audíveis” pelo ouvido humano que ouve de 20Hz a 20Kz, assim portanto diminuindo seu tamanho. Lembrando que onde for reproduzido tal áudio codificado, deverá haver um decodificador. Mas vamos ao Dolby e deixar o assunto compressão de áudio para uma próxima pauta.

Antes de seguirmos é importante salientar que estamos falando do termo Dolby Digital, mas antes dele havia o Dolby Noise Reduction, Dolby Stereo, Dolby Suround e Dolby Pro Logic. O Dolby NR veio com a proposta de atenuar um grande problema no áudio do cinema entre os anos 60 e 70, o alto nível de ruído. O Dolby Stereo veio após e adicionava outro canal possuindo Dolby NR nos dois; o Dolby Surround extraía mais um canal, possuindo agora esquerda, centro, direita e surround sendo adaptado em 1982 para uso doméstico e o Dolby Pro Logic é a versão de cinema Dolby stereo para consumidores.

O Dolby Digital é um sistema de compressão que pode codificar até 6 canais de áudio independentes, até 1994 era conhecido como Dolby Stereo. Foi usado primeiramente no cinema com o objetivo de fornecer som digital aos filmes de 35mm. O filme Batman o Retorno foi o primeiro a usar o Dolby Digital. Na película de 35mm o Dolby era colocado, ou seja, os blocos de dados eram colocados entre os buracos da fita. Podemos ter uma melhor idéia no exemplo abaixo.


Um trecho da imagem é lido pelo CCD – Charged-Coupled Device, bem como o Dolby Digital existente nela e um processador extrai dessa parte os dados digitais descodificando-os.

Vamos simplificar?

Dolby Digital: Compressão que permite a codificação de até 6 canais neste caso conhecido como 5.1, que possui 5 canais com faixa de freqüência de 20Hz a 20Kz, Ex: Direita Frente -  Esquerda frente -  Direita – Traseira – Esquerda – Traseira – Centro e um Subwoofer para efeitos de baixa freqüência por volta de 20Hz a 120HZ. Também encontramos Dolby Digital 1,0 – 2.0 – 3.0 – 4.0 – 5.1.

Resumão

Dolby Noise Reduction: Criado pelos laboratórios Dolby para atenuar ruídos em fitas analógicas em meados dos anos 70.

Dolby Stereo: 2 canais, gerando um esquerdo, centro e direito

Dolby Surround: Proporciona efeito de três dimensões. Possui 4 canais, Esquerda Frente – Direita Frente – Central (com sinal) – e um canal Surround.

Dolby Pro Logic: São os nomes dos processadores responsáveis por codificar e descodificar áudio em Dolby Souround.

Dolby Suround EX 6.1: Adicionou-se um novo canal central surround traseiro a este sistem. Este canal tem por objetivo estar atrás do espectador, o objetivo é reforçar os sons vindos de trás dando um maior envolvimento de quem esta no centro.

Dolby 7.1: Reforço de 4 caixas traseiras.

Espero ter esclarecido alguma dúvida pessoal, em breve abordaremos mais profundamente alguns termos usados neste artigo.

Por: Roger Dutra
Abração

Manual de Som para Audiovisual

Blog criado para tratar de assuntos ligados ao audiovisual. Aqui serão postados artigos, matérias, vídeos e tutoriais diversos sobre o assunto.